A Discite á a inflamação que ocorre no espaço discal, sendo uma lesão inflamatória do disco intervertebral, que ocorre epecialmente em crianças, mas podem ocorrem também em adultos. A infecção ocorre provavelmente em um dos platôs vertebrais, sendo que em um segundo momento a infecção afeta também o disco. O que caracteriza essa doença é uma forte dor nas costas, que instala-se sem causa aparente.
A maioria das crianças consegue continuar caminhando apesar da dor, entretanto crianças pequenas podem recusar-se a se locomover. Geralmente a criança apresenta uma coluna em extensão (esticada), sendo que a mesma recusa-se em fletir a coluna. Crianças com discite raramente parecem estar doentes. É raro que se apresentem com temperatura alta e a contagem de seus glóbulos brancos se mostra freqüentemente normal. Radiografias laterais da coluna revelam normalmente que o espaço discal, por força da erosão, se aproxima do platô da vértebra contígua. Escanear o osso pode ajudar a localizar a lesão, que é de difícil diagnóstico clínico. As imagens obtidas através da ressonância magnética são as mais úteis para a identificação da infecção no espaço discal.
O tratamento apropriado desse tipo de lesão tem sido muito debatido. A maioria dos médicos recomenda imobilizações com órteses (coletes), um tratamento que, em muitos casos, parece ser eficiente por si mesmo. Outros médicos acreditam que devem ser ministrados também antibióticos, porque o quadro clínico mais provável é de infecção do disco com a presença freqüente da bactéria estafilococo áureo. Ao tratar dessa lesão em crianças, normalmente não é necessário recorrer a uma biópsia. A biópsia pode ser indicada em adolescentes e adultos, especialmente quando se suspeita de que esses pacientes se tenham envolvido com drogas, o que possibilitaria a presença também de outros organismos além do estafilococo áureo.