O estresse atualmente é muito confundido com o cansaço. Após uma rotina longa e atarefada no trabalho, serviços domésticos extenuantes, ou diversos problemas para resolver ao longo do dia, permanece uma sensação de sobrecarga que só deixa a vontade de finalizar o dia e ir dormir. Porém, tudo isso representa apenas um cansaço corporal, resolvido após o repouso.
O estresse, na realidade, é uma reação de defesa natural do organismo a um esforço extremo ou a reações de proteção importantes. Durante o contato com esses determinados fatores, há uma liberação de mediadores químicos (como é o caso da adrenalina), que provocam reações fisiológicas para proteção ao perigo, gerando mecanismos de defesa. Tais mecanismos compreendem os momentos de fugas, lutas, provas, decisões importantes, entre outros, sendo benéficos nessas situações.
O que ocorre, porém, é que, atualmente, o organismo é continuamente exposto às situações de estresse. Com o acúmulo de pequenos problemas ao longo dos dias ocorre liberação  desses mediadores químicos, o que pode elevar constantemente a pressão arterial e os batimentos cardíacos, bem como, o surgimento de outros sintomas.
Quando em situações estressoras ao longo de um dia, ou em momentos de decisões importantes o indivíduo pode adotar posturas inadequadas inconscientemente. Essas posturas podem já demonstrar uma reação de defesa do organismo. Porém, com o prolongar do estresse e permanência destas posturas erradas, inicia-se o quadro de lesões musculares, ligamentares e articulares. Dores difusas surgem sem causa aparente e podem ser tão intensas que levam a uma incapacidade nas atividades diárias.
Pode ser afetada a estrutura responsável pela sustentação do peso corporal e manutenção da postura, a coluna vertebral. Essa sofre com lesão na musculatura paravertebral e demais orgãos  adjacentes, bem como com a possibilidade de sobrecarga vertebral podendo levar a hérnias de disco.
Além desses fatores, a liberação de substâncias analgésicas que controlam o limiar da dor pode ser afetada tornando mais importante os sintomas.
O melhor tratamento é a prevenção. Cuidados com a sobrecarga de trabalho e atividades doméstica devem ser adotados, bem como realizar momentos de relaxamento ao longo do dia.
O exercício físico também é uma importante ferramenta para o equilibrio dos mediadores químicos, com a melhora do condicionamento físico, controlando o aparecimento de lesões e propiciando preparo muscular para a rotina diária, reduzindo, assim, as dores.
Caso já haja uma lesão instalada é importante procurar auxílio terapêutico para o controle do estresse e ansiedade, bem como tratamento específico adequado, buscando reabilitação fisioterapêutica e acompanhamento médico.
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