A coluna vertebral vista por trás deve ser reta, alinhada. A escoliose é uma deformação morfológica da coluna vertebral nos três planos do espaço . Assim, a coluna realmente se torce, não somente para os lados, mas para frente e para trás e em volta do seu próprio eixo. Essa torção em maiores graus determina a gravidade da escoliose e a forma de ser tratada.
Classificação da escoliose quanto a forma da curva: curva simples, sendo esta à direita ou à esquerda (escoliose em “C”); Curva dupla, (escoliose em “S”). Lembrando que a direção da curva é sempre identificada pela convexidade da curva.
Classificação das curvaturas escolióticas, podendo estas serem: cérvico torácicas, torácicas, toracolombares, lombares e lombossacrais.
Relacionando o grau da angulação da escoliose e o tratamento correspondente, temos:
1) 0 à 10 graus: não há necessidade de tratamento fisioterápico.
2) 10 à 20 graus: há necessidade de tratamento fisioterápico.
3) 20 à 30 graus: tratamento fisioterápico e uso de colete ortopédico ou de Milwakee.
4) 30 à 40 graus: uso do colete ortopédico ou Milwakee.
5) 40 à 50 graus: somente tratamento cirurgico.
Causas
Idiopática : causa desconhecida (70% dos casos)
Neuromuscular : seqüela de doenças neurológicas, como por exemplo poliomielite, paralisia cerebral.
Congênita : oriunda de uma má-formação
Pós-traumática
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de testes clínicos e de radiografias. Em todos os casos de escoliose, é importante o diagnóstico precoce e a avaliação clínica completa e radiológica do paciente.A avaliação postural faz parte da avaliação clínica, sendo de fundamental importância para o diagnóstico. Nela, o examinador compara os dois hemi corpos do indivíduo na vista anterior, posterior e lateral, observando possíveis diferenças e assimetrias. O controle da evolução sistemática é a forma de minimizar os danos dessa patologia que, quando não tratada corretamente, pode causar danos irreparáveis.
O tratamento depende da causa da escoliose, do tamanho e da localização da curvatura, além do quanto o paciente ainda crescerá. Na maioria dos casos de escoliose idiopática do adolescente (com curvatura menores de 20 graus), o tratamento é a observação pois devem ser realizadas reavaliações clinicas e, eventualmente, radiográficas.
Coletes
Na medida em que a curvatura se agrava (acima de 25 a 30 graus em crianças que estiverem em fase de crescimento), o uso de órteses é geralmente recomendado para auxiliar a retardar a progressão da curva. Existem muitos tipos de órteses utilizados. O colete de Boston, o colete de Wilmington, o colete de Milwaukee e o colete de Charleston foram batizados com o nome dos centros onde foram desenvolvidos.
Cada colete tem uma aparência distinta. Existem diferentes modos de usar adequadamente cada um deles. A seleção de uma órtese e a maneira como ela será usada depende de muitos fatores, inclusive das características específicas da curvatura. A melhor opção de órtese será decidida em conjunto pelo paciente e o médico.
Um colete para a coluna pode não reverte a curva. Em geral se utilizam mecanismos de pressão para alinhar a coluna vertebral dentro do aparelho na tentativa de evitar a progressão da deformidade. O colete deve ser ajustado durante o crescimento. O uso de colete não funciona para as escolioses congênitas e neuromusculares e é menos eficaz na escoliose idiopática infanto-juvenil.
Cirurgia
Há também a opção da cirurgia para reparação da curvatura vertebral, mas a decisão do momento apropriado para se operar varia. Após a parada do crescimento, a curvatura não deve se agravar muito. Por causa disso, talvez o cirurgião queira aguardar até que os ossos do seu filho parem de crescer. Entretanto, pode ser que seu filho necessite de cirurgia antes disso, se a curva na coluna for grave ou estiver se agravando rapidamente. Curvas de 40 graus ou mais geralmente precisam ser operadas.
A cirurgia consiste em corrigir a curva e encaixar os ossos dentro dela. Os ossos são fixados no lugar com uma ou duas hastes de metal presas com ganchos e parafusos . Às vezes, a cirurgia é feita por meio de um corte nas costas, no abdômen ou abaixo das costelas. Pode ser necessário o uso de uma órtese para estabilizar a coluna vertebral após a operação.
 
escoliose 1

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